Natureza da atividade: Avaliação global
Nome:________________________________________ nº:_________turma:__________
Professora:___________________________________ Data:___/__/2008
Valor:________________ Nota:_______________
Orientações:
· Leia o enunciado de cada questão atentamente, certificando-se de que realmente entendeu.
· Comece respondendo àquelas que você encontrou mais facilidade.
· Faça sua avaliação com tranqüilidade, sem pressa e releia tudo antes de entregar.
· Boa avaliação!
TEXTO 2
Momento num café
Quando o enterro passou
Os homens que se achavam no café
Tiraram o chapéu maquinalmente
Saudavam o morto distraídos
Estavam todos voltados para a vida.
Um no entanto se descobriu num gesto largo e demorado
Olhando o esquife longamente
Este sabia que a vida é uma agitação feroz e sem finalidade
Que a vida é traição
E saudava a matéria que passava
Liberta para sempre da alma extinta.
TEXTO 1
“Irene preta/ Irene boa
Irene sempre de bom humor
Imagine Irene entrando no céu.
Licença, meu branco!
E São Pedro, bonachão:
- Entra, Irene. Você não precisa pedir licença.”
Leia os dois poemas de Manuel Bandeira.
1) “Irene preta, Irene boa” – essas duas frases nominais podem ser interpretadas das seguinte forma:
(a) Irene é preta e é boa
(b) Irene é preta, mas é boa
(c) Irene é preta e não é boa
(d) Irene parece preta e parece boa
2) Assinale a(s) alternativa(s) correta(s).
V- Os dois poemas têm como tema a morte, propício a considerações sobre a transcendência e abordado a partir de elementos cotidianos, o que é um procedimento recorrente na poesia de Manuel Bandeira.
F- Na segunda estrofe de "Momento num Café" há referências diretas à tuberculose, doença de que Manuel Bandeira sofria desde a juventude e fez de toda sua vida uma espera pela morte que, afinal, só veio na velhice.
V- "Irene no Céu", assim como "Evocação do Recife" e "Mangue", traz a evocação de um Brasil de urbanização recente e ainda próximo do período da escravidão, quando as relações sociais e humanas eram diversas das que se encontram no Brasil contemporâneo.
F- Em "Irene no Céu", Manuel Bandeira, ao descrever Irene como "preta" e o ser superior, São Pedro, como um branco a quem ela tem que pedir licença, revela uma postura preconceituosa presente também em "Poema tirado de uma notícia de jornal" e "Rondó do Capitão".
F- O segundo poema representa uma fase de crise espiritual de Manuel Bandeira, já que, ao contrário do primeiro, em que aparece uma crença profunda na vida eterna, nele a alma se extingue, libertando a matéria.
3) A resposta anterior é confirmada pela afirmação de que:
(a) a cor preta é bela
(b) quem é preto não pode ser bom
(c) a bondade é racista, portanto, afasta-se da cor preta
(d) a cor preta não é qualidade estética de beleza física
Leia os dois poemas de Mário Quintana para responder as questões seguintes:
TEXTO 3
Na minha rua
Mário Quintana
Na minha rua há um menininho doente ,
Enquanto os outros partem para a escola,
Junto à janela, sonhadoramente,
Ele ouve o sapateiro bater sola.
Ouve também o carpinteiro, em frente,
Que uma canção napolitana engrola.
E pouco a pouco, gradativamente,
O sofrimento que ele tem se evola...
Mas nesta rua há um operário triste:
Não conta nada na manhã sonora
E o menino nem sonha que ele existe.
Ele trabalha silenciosamente...
E está compondo este soneto agora;
Pra alminha boa do menino doente...
“ Antologia Poética”
1) Este sentido passivo é resultado da palavra:
(a) rua
(b) doente
(c) escola
(d) sapateiro
2) Na primeira estrofe aparece um verbo com sentido passivo em oposição a outro verbo que indica movimento. Assinale a alternativa que confirma a afirmação anterior:
(a) há – partem
(b) ouve - partem
(c) partem – bater
(d) bater – ouve
Advérbio é a classe gramatical das palavras que modificam um verbo ou um adjetivo ou um outro advérbio. Raramente modificam um substantivo. É a palavra que indica as circunstâncias em que ocorre a ação verbal.
3) O advérbio “ sonhadoramente” pode muito bem representar:
(a) o desejo de acompanhar os colegas para a escola
(b) o estado sonolento do menino
(c) a dor do sofrimento físico
(d) a vontade de imitar o sapateiro
4) Leia o trecho de Macunaíma e as afirmações que se fazem. Em seguida, assinale a alternativa verdadeira.
"Jiguê teve raiva porque peixe andava rareando e caça inda mais. Foi na praia do rio pra ver si escava alguma coisa e topou com o feiticeiro Tzaló que tem uma perna só. O catimbozeiro possuía uma cabaça encantada feita com a metade duma casca de jerimum. Mergulhou a cabaça no rio, encheu de água até o meio e despejou na praia. Caiu um despropósito de peixe. Jiguê reparou bem como que o feiticeiro fazia. Tzaló largou da cabaça por aí e principiou matando peixe com um porrete. Então Jiguê roubou a cabaça do feiticeiro Tzaló que tem uma perna só.
Mais pra adiante fez que-nem tinha reparado e veio muito peixe, veio pirandira veio pacu veio ascudo veio bagre veio jundiá tucunaré, todos esses peixes e Jiguê voltou carregado pra tapera depois de esconder a cabaça na raiz do cipó. Todos ficaram sarapantados com aquele mundo de peixe e Comeram bem. Macunaíma desconfiou. No outro dia esperou com o olho esquerdo dormindo que Jiguê fosse pescar, saiu atrás. Descobriu tudo. Quando o mano foi-se embora Macunaíma largou da gaiola de legornes no chão pegou na cabaça escondida e fez que-nem o mano. Isso vieram muitos peixes, veio acará veio piracanjuba veio aviú guarijuba, piramutaba mandi surubim, todos esses peixes. Macunaíma atirou a cabaça por aí, na pressa de matar todos os peixes, cabaça caiu numa lapa e Jiguê mergulhou no rio." (Macunaíma - Mário de Andrade)
I. A perspectiva primitiva, que aceita a intervenção de forças ocultas e a manifestação de poderes mágicos, é apresentada no trecho e na obra como algo inverossímil e o narrador põe em dúvida a veracidade dos acontecimentos, ao exagerá-los.
II. A traição e a astúcia não é uma característica exclusiva de Macunaíma, mas o trecho revela que o herói sem nenhum caráter é ao mesmo tempo engenhoso, esperto e inconseqüente, irresponsável.
III. As enumerações que o trecho apresenta são um recurso freqüentemente empregado na obra e tem sempre a finalidade de apresentar a fartura da cultura e da natureza brasileiras.
IV. As histórias formadas por episódios que se repetem de modo muito parecido, os nomes de peixes e divindades, a apresentação repetida do epíteto em forma de rima (i.Tzalóque tem uma perna sóln) são resultado das pesquisas folclóricas do autor, que compôs uma obra em que se cruzam referências à cultura popular, à linguagem regional, às formas de falar e de narrar de extratos mais incultos da
população.
a) Todas as afirmações estão corretas. b. c. d. e.
b) Somente as afirmações I, II e III são corretas.
c) Somente as afirmações II, III e IV são corretas.
d) Somente as afirmações II e IV são corretas.
e) Somente as afirmações I e IV são corretas.
5) (UFPA) O romance Macunaíma finaliza com seu personagem principal
a) transformando-se em estrela.
b) casando-se com Ci, a mãe do mato.
c) cheio de felicidade por ter derrotado Piaimã.
d) lutando e vencendo as mandingas de Capei.
e) recuperando a muiraquitã e partindo para novas aventuras.
6) (PUC) O título da obra Macunaíma é especificado como anti-herói sem nenhum caráter. A alternativa que não é verdadeira em relação à especificação é:
a) O caráter do herói é ele não ter caráter definido.
b) O protagonista assume várias esferas de ação, daí ser simultaneamente herói e anti-herói.
c) A fragilidade de caráter do protagonista faz com que este perca, no decorrer da obra, sua característica de herói.
d) O herói se configura por suas qualidades paradoxais, ele é ao mesmo tempo: preguiçoso e esperto, irreverente e simpático, valente e covarde.
e) O caráter do herói é contraditório, pois ele se caracteriza como um i.sonso-sabidoló.
7) É incorreto afirmar que a obra Macunaíma é:
a) denominada ‚rapsódia por seu autor, apresenta estrutura inovadora no enredo, na caracterização das personagens e no estilo.
b) é a grande obra-prima da literatura brasileira e, apesar de a personagem ser o símbolo do homem brasileiro, a maior parte do livro se passa em São Paulo.
c) sugere clima mágico em que todo herói, ao morrer, vira estrela no céu, exceção feita a Macunaíma que, mutilado pela Uiara, veio ao mundo para ser pedra.
d) caracteriza-se pela presença de lendas indígenas e por estilo de paródia, linguagem falada, provérbios e superstições populares.
e) configura a história de um herói popular que não tem preconceitos, não se cinge à moral de uma época e concentra em si próprio as contradições do homem brasileiro.
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